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Eu como por ansiedade!

Essa frase é uma das mais ouvidas não só no consultório psicológico, mas nas academias, nas conversas entre amigos (as) e até numa troca de palavras com aquela pessoa que você mal conhece. Mas, o que pouco se escuta é que essas pessoas buscam outras formas para amenizar a ansiedade que sentem.

Antes de falarmos sobre comer para amenizar a ansiedade, vamos falar sobre o que é ansiedade, como ela se dá no nosso pensamento, sentimento e comportamentos, até que ponto ela é normal e quando precisamos buscar ajuda.

A ansiedade é uma condição humana normal, que provoca no indivíduo um estado de alerta que é ativado quando algum evento ou circunstância antecipada é considerado altamente ameaçador porque são percebidos como eventos imprevisíveis, incontroláveis que poderiam ameaçar a vida do indivíduo.

A ansiedade é considerada normal quando ela impulsiona o indivíduo para resolver seus problemas ou para fazê-lo se preparar melhor para determinado evento, mas, quando a ansiedade tem função de paralisar o indivíduo fazendo com que ele se esquive de situações que o deixará ansioso, nesse caso deve-se ter atenção aos sintomas, ou seja, se ansiedade é elevada ou intensa e o indivíduo não mais a controla e percebe que sua vida está sendo prejudicada pelos sintomas da ansiedade, é possível dizer que ele está com um problema emocional ou psicológico e que precisa de tratamento medicamentoso e/ou psicoterapêutico.

Os ansiosos geralmente possuem a distorção cognitiva do controle, ou seja, eles acreditam que podem ter controle sobre qualquer evento futuro. Caso planeja seu dia, eles acreditam que nada poderá sair do cronograma, irritam-se quando sai, e sofrem por antecedência quando sentem que seu planejamento está ameaçado.

Além da distorção cognitiva de controle, os ansiosos também possuem a distorção cognitiva da catastrofização, que é imaginar algo catastrófico em um evento futuro. Um exemplo seria uma pessoa ansiosa que dará uma festa, ela imagina que tudo dará errado, que faltará comida ou nenhum convidado aparecerá, nesse caso podemos ver que o indivíduo imaginou algo catastrófico para o futuro.

Além de pensamentos disfuncionais de controle e catastrofização o ansioso, também poderá sofrer com sintomas físicos:

•          batimento cardíaco acelerado;
•          boca seca;
•          cansaço fácil;
•          dificuldade para engolir ou “bola na garganta”;
•          esquiva de lugares que estimulam a ansiedade;
•          facilmente assustado;inquietação;
•          náusea, diarréia ou problemas estomacais;
•          respiração superficial;
•          rubores (calores) ou calafrios;
•          tensão muscular, dores musculares;
•          tonteira, vertigem;
•          transpiração não devido ao calor; mãos suadas;
•          tremores, espasmos musculares;
•          urinação freqüente;

 Quando alguém relata que come por ansiedade, geralmente ela está confundindo os sintomas de ansiedade com fome, assim como, a agitação provocada pela ansiedade pode fazer com que aumente a repetição do comportamento de buscar comida.

Alguns alimentos também proporcionam uma sensação de prazer e bem estar, e esta sensação reforça o comportamento de buscar por esses alimentos quando se sente ansioso. O que é disfuncional, é que a sensação de prazer e bem estar proporcionada por alguns alimentos tem pouca duração, o que faz a pessoa buscar por ele repetida vezes.

Sendo assim, em alguns casos, antes mesmo de iniciar um processo psicoterápico focado em emagrecimento, deve-se trabalhar outras questões que impactam diretamente no ganho de peso, esse é o caso da ansiedade, algumas pessoas não conseguem controlá-la sozinhas precisam repensar os padrões cognitivos e de comportamento.

Mas, deixo para vocês algumas técnicas para lidar melhor com a ansiedade:
Ø  > Sempre que sentir fome tente se lembrar, qual foi a última vez que você se alimentou? O tempo que está sem se alimentar é suficiente para estar com o estômago vazio?
Ø  Respire: • Coloque-se de forma confortável sentado ou deitado;
• Coloque a mão no abdômen (barriga) próxima ao umbigo;
• Feche os olhos e concentre-se em sua respiração;
• Inspire pelo nariz e encha os pulmões de ar, leve-o até o abdômen, percebendo que ele se movimenta. Você pode imaginar que está enchendo uma bexiga que está dentro de sua barriga. Ao inspirar conte até quatro (mentalmente) para que o pulmão e o abdômen fiquem expandidos;
• Retenha o ar por dois tempos (conte até dois mentalmente), mantendo a barriga e os pulmões cheios;
• Expire lentamente pela boca, contando até cinco, esvaziando completamente o pulmão e o abdômen;
• Reinicie os movimentos após reter os pulmões vazios por dois tempos.
Procure efetuar os movimentos respiratórios de tal forma que haja pouco movimento torácico (movimento do peito) e mais movimentos abdominais (movimento de barriga).

Repita dez vezes a respiração ou pratique por aproximadamente três a cinco minutos. Caso você sinta tontura ou veja “bolinhas” ao abrir os olhos, saiba que isso é normal e vai desaparecer. Isso acontece, porque o cérebro recebe mais oxigênio do que está acostumado, mas é interessante ir adaptando o ritmo de forma que fique confortável e não gere sensação de náusea.
É importante que você aprenda a fazer a respiração treinando-a pelo menos uma vez ao dia para ir acostumando seu organismo e torná-la aos poucos mais automática. 
Ø  > Relaxe: pelo menos uma vez por semana busque atividades para o seu relaxamento, cuidar de você é cuidar da sua saúde psíquica.

Psicologa Amanda Ribeiro



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